Agressividade é o contrário do amor

Em todo lugar e em qualquer tempo é possível que tenhamos que lidar com a agressividade. Algumas vezes, a nossa. Outras vezes, a do outro. Não sei qual seria a mais fácil de solucionar. Mas sei que a nossa agressividade é de nossa responsabilidade. E quando estamos assim, tudo indica que vivemos um momento delicado, um momento em que precisamos de ajuda, um momento em que desejamos um abraço apertado. Muito afeto e amor.

A necessidade de compreensão, carinho e apoio pode nem ser explícita para nós e pode parecer apenas um descontrole emocional naquela hora. Mas, no fundo, podemos estar prestes a pedir ajuda. Ou até mesmo já deveríamos ter feito um pedido assim anteriormente. 

A agressividade surge, muitas vezes, quando nos sentimos ameaçados, encurralados, frustrados ou precisando muito de algo de forma desesperada. São instintos naturais que vivem em nós. Provavelmente nossa agressividade fica impulsionada por dramas íntimos, cobranças irracionais, revides impensados ou orgulho atingido de alguma forma. 

Uma atitude agressiva, para nós, costuma ter uma motivação. Razões que podemos compreender ou não. Mas, no fim, não se justificam, não se sustentam. E, muito provavelmente, a nossa consciência vai indicar isso. Já paramos para pensar e refletir, depois de um momento de agressividade, o quanto foi ruim agir daquela forma, certo? Dentro de nós vem uma sensação de que “não deveríamos ter feito isso”! Um arrependimento, uma sensação ruim, sabe? Até quando não admitimos! Agressividade é o contrário do amor!

E quem nunca passou por isso? Como ator da ação ou como quem a recebe e revida? Hoje em dia, vivemos situações em que a agressividade se faz presente no simples contraditório do cotidiano. As pessoas parecem que não podem mais discordar ou pensar de forma diferente. Lá vem discussão. E o que poderíamos fazer para tentar diminuir isso na nossa vida e na vida do outro?

O caminho que eu encontro é pensar em nós, no que podemos fazer, no quanto somos responsáveis por nosso orgulho ou ego, ou por nossa generosidade e boa vontade. Por nossa mudança. Pensar em mudar as nossas ações, fazer boas escolhas, optar pelo nosso bem-estar. E como seria isso? 

Pode não ser fácil para alguns de nós. Pode ser que nossa mente nos diga que ficaremos fracos e tolos. Pode ser que ela diga que seremos trouxas ao não reagir. Pode ser que diga muitas outras coisas. Mas podemos fazer uma experiência, não é? Nem que seja para que possamos ver, se rejeitarmos esse impulso que a mente nos sugere, não nos sentiremos melhor, de bem com o nosso bem-estar.

Para isso, acredito que alguns passos poderiam ser bem importantes. Que tal pensar em alguns deles? Vamos, então, ser mais gentis? Vamos olhar o outro com piedade e empatia, sem achar que ele é adversário? Vamos levar as coisas com leveza e não a ferro e a fogo? Vamos nos esforçar para entender que o outro pode não ter a nossa consciência e o nosso limite e que precisa de compreensão? Vamos lembrar que só seremos ofendidos pelo outro se quisermos nos sentir ofendidos? 

Vamos tentar não revidar uma discussão, não começar uma, não entrar numa. Vamos nos esforçar por viver em paz, de bem com nosso coração, em momentos de amor com a nossa consciência. E com o outro. Isso vai deixar nosso corpo são, nossa mente feliz e nossa alma cheia de coisas boas para doar.

E se outro não quiser? Bom deixemos o outro com o que é dele. Nossas escolhas são nossas. Nós decidimos e escolhemos as nossas ações. Vamos experimentar?